quinta-feira, 30 de abril de 2020

O que você já aprendeu com a pandemia de Covid-19?

Por: Alan Junior de Queiroz

A pandemia deixará um rastro de mortes e profundas reflexões. Será necessário debatermos e aperfeiçoarmos a nossa estrutura como sociedade. Precisaremos analisar sobre nossos maus hábitos e avaliarmos a nossa educação (ou a falta dela). Estamos sendo desafiados a reinventar o capitalismo e vendo a necessidade da responsabilidade social. O empreendedorismo no Brasil sucumbiu em menos de um mês (o que nos revela a falta de um projeto e a desorganização financeira das empresas). Diariamente somos surpreendido com boas ações (algo que estávamos desacreditados) e assistimos assustados aos péssimos exemplos de políticos mundiais diante do caos (leia-se: péssimo exemplo de Bolsonaro e Cia). Precisamos priorizar a nossa saúde física e mental. Medo, ansiedade e estresse são efeitos colaterais dessa fase que atravessamos. Com a experiência do home-office passaremos a questionar a rotina estressante pelo qual somos submetidos dentro das empresas. Líderes tóxicos e abusivos não são nada sozinhos, em suas bagunçadas casas e em seus frágeis momentos de solitude. Será necessário uma mudança na maneira de gerir negócios e pessoas. Desejo mais compartilhamento de conhecimento, consumo mais cauteloso, mais colaboração, mais comunicação, mais jornalismo, mais ciência. Proteja-se e cuide de quem você ama. E (se possível) fique em casa. Se for sair, use máscara e tome os cuidados necessários para você não virar apenas uma estatística. Pois no hospital será só você entubado e se afogando em fluídos. Uma morte lenta, dolorosa e solitária.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Antônio Bordignon: empresário transformou nome em marca

Casal Bordignon e os sete filhos (divulgação)
 *Alan Junior de Queiroz

Aos 18 anos um rapaz deixou a fazenda onde viveu com os pais e mais três irmãos para tentar a vida na cidade. Ficou para trás o trabalho pesado da roça e tornou-se aprendiz de mecânico. Com um olhar ampliado, enxergou a oportunidade em abrir sua própria empresa. Ele se tornou um empresário bem sucedido, transformou seu nome em uma marca e ficou milionário. Essa é a trajetória de Antônio Bordignon que neste ano completará 80 anos. 

Filho de fazendeiro, Antônio foi forçado a trabalhar desde criança. “Não gostava da roça, mas se eu não fosse, apanhava”, recorda. A precoce iniciação no trabalho fez com que abandonasse na 4ª série do fundamental a escola rural. Desde então não voltou à sala de aula. “O estudo dele foi à vida, que lhe ensinou muita coisa” diz a mulher Amália Zanini Bordignon, 71 anos. 

As histórias dos empreendedores são, comumente, construídas com muito trabalho. Com Bordignon não foi diferente, construiu sua marca pessoal poderosa à base de madeira, tijolos, areia, cimento e tudo o que aparece numa lista de materiais para construção. Dono da rede de lojas Construcasa Bordignon, hoje observa na sombra todas elas serem administradas pelos filhos.

Primeira sede da Bordignon e a atual matríz em Quatiguá. (foto: divulgação)

A veia empreendedora revelou- se em 1957 quando resolveu abrir uma cerealista. No inicio comprava e vendia cereais e laranjas com um caminhão que havia ganhado do pai. “Meu começo de vida foi difícil”, relata.  Em 1975 a cerealista se transformou em madeireira. Antônio aproveitou a oportunidade para ampliar os negócios depois de ver a dificuldade que os moradores de Quatiguá tinham para erguer construções. Sem concorrência, o negócio deslanchou. Sua mulher Amália lembra que no começo o maior problema foi a inadimplência dos clientes. Apesar disso, a empresa cresceu, ganhou filiais e fechou parcerias com as melhores marcas do ramo e fornecedores. Em 2005 receberam uma proposta e venderam as duas lojas de Londrina para o grupo multinacional francês Saint Gobain. Hoje a Construcasa Bordignon têm 380 empregados e uma frota de, aproximadamente, 50 caminhões. Antônio diz que passou o controle das lojas para os filhos, mas na prática, nunca se afastou do negócio que é considerado líder do varejo da construção em toda região do Norte do Paraná. “O nosso diferencial é o mix de produtos oferecidos, preços e formas de pagamento”, diz Roberto Zanini Bordignon, filho responsável pelo grupo. 

As pessoas mais próximas descrevem Antônio como um homem atencioso, honesto, econômico e, exigente com horários e prazos. Família e saúde são suas prioridades. “Está sempre pronto para ajudar quem o procura. É como um pai pra mim” declara Rosemere Rouiller, funcionária há duas décadas. Para trabalhar na empresa esforço é uma característica indispensável; a compensação vem como bônus no salário. 

Antônio Bordignon e sua mulher Amália Zanini (divulgação)
O empresário tem um estilo de vida e uma rotina tranquila, passa maior parte do dia em casa. De manhã, lê os jornais O Estado de S. Paulo e Folha de Londrina. Apesar de a leitura ser um dos lazeres preferido, nenhum livro de ficção conseguiu prendê-lo até o fim. Em contrapartida, afirma já ter lido a bíblia três vezes. 

Aos 24 anos, conheceu a senhora Bordignon durante um baile. A mineira havia pedido para que segurasse a blusa enquanto dançava. Rolou uma química e logo engataram um namoro. “Ele foi meu único namorado”, garante Amália. Durou nove meses até se casarem, a pedido do pai dela. “Ele é um homem perfeito pra mim”, declara. O casamento perdura há 55 anos e teve como frutos sete filhos - dois de criação. “São uma benção, as coisas mais preciosas para nós”. 

Assim como qualquer pessoa na sua idade, tem limitações físicas e psicológicas, mas afirma não ter medo da morte. Diagnosticado com problemas renais e talassemia - doença que afeta o sangue, procurou médicos do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, para se tratar. Desde o começo do ano, Antônio tem acompanhamento 24 horas de três enfermeiros que se revezam e o ajudam. “Ele não queria, mas a família decidiu que era melhor”, diz a mulher.

Hoje Antônio está rico, muito rico, embora prefira não falar sobre o assunto. "Mas garanto que comecei do zero". E revela os alicerces de uma boa administração de bens, família e empresa:
planejamento, economia e honestidade. “Muitas pessoas que começaram comigo não foram para frente, gastaram dinheiro à toa”, compara. Biografias de empresário do quilate de Antonio Bordignon
inspira e encoraja novos empreendedores que procuram além de construir uma carreira de sucesso, uma forma de mudar a realidade.


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Antônio Bordignon morreu aos 83 anos - Ele sofreu um AVC no em 30/12/2015. 


Perfil publicado originalmente no jornal laboratório "Primeira Impressão" Nov/Dez 2012 da Fanorpi.
*Alan Junior de Queiroz é estudante de Comunicação Social - Jornalismo da Faculdade do Norte Pioneiro(Fanorpi).

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

"Terceira Idade - Nova perspectiva sobre a vida " - Força de vontade supera limitação motora (bônus)

Caminha com ajuda de muletas, freqüenta bailes aos domingos, e se auto-intitula vidente. 
Ângela ao lado de sua colega de baile, Juliana Souza

   (*)Alan Junior de Queiroz

O Encontro Regional da Terceira Idade, mais conhecido como Baile da Terceira Idade, é um evento rotativo de produção independente, que reúne todos os domingos centenas de pessoas.São 14 cidades responsáveis pela organização desses bailes no Norte Pioneiro. Os bailes têm duração de cinco horas, das 16 às 21 horas e atraem aproximadamente 500 pessoas. As bandas tocam ritmos que vão do Xote ao bolero incluindo Vanerão, valsa e até Rasta pé.

Em meio à diversidade de pessoas que freqüentam esses bailes, talvez, nenhuma chama tanta atenção, pela força de vontade, como Ângela Pedra Perosk, 46 anos. Ela diz que foi vitima de um erro médico aos 2 anos de idade, teria recebido uma injeção incorretamente e pegou o vírus da poliomielite. As seqüelas deixadas, mais aparentes são as pernas atrofiadas. “Paquero muito. Fiz e faço muitas amizades. Venho em todos os bailes”, afirma.

Poliomielite é uma doença contagiosa causada pelo “poliovírus”. O vírus se multiplica na garganta e nos intestinos, em seguida avança por todo o organismo. Quando consegue chegar ao sistema nervoso, destrói neurônios responsáveis pela coordenação motora, causando paralisia e  pode chegar levar a morte a pessoa   infectada.

Ângela passou por 13 cirurgias para recuperar o movimento das pernas, sendo que na ultima, segundo ela, chegou a ser considerada morta. “Cheguei a ter a certidão de óbito assinada; quando ressuscitei na frente de 12 paramédicos.” Desde os 18 anos Ângela anda com ajuda de muletas. Ela mora em Quatiguá e se intitula como vidente, um dom que, segundo ela, descobriu durante uma brincadeira aos 15 anos. Como não há tratamento para o vírus, o sistema público de saúde imuniza as crianças de até 5 anos de idade através de vacina oral.

No Brasil a poliomielite foi erradicada em 1994.A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.

(*)Alan Junior de Queiroz é estudante de Comunicação Social - Jornalismo da Faculdade do Norte Pioneiro(Fanorpi).   

segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

"Isso não é o fim" - Documentário HIV/Aids - Trailer


Um assunto que antes era considerado um tabu, hoje se tornou um tema de consciência mundial, sendo encarado de frente e tratado abertamente. E você? Quando vai rever os seus conceitos?

Infelizmente, muitas pessoas pensam que só poderão contrair o vírus da AIDS se forem usuários de drogas, se tiverem o hábito de ter vários parceiros sexuais ou a condição de homossexual. E a realidade não é essa. O HIV pode afetar qualquer um, inclusive eu, inclusive você.

domingo, 30 de dezembro de 2018

"Terceira Idade - Nova perspectiva sobre a vida " - Ao som da qualidade de vida idosos se divertem

 Fim do sedentarismo: no ritmo da alegria,eles dançam e namoraram nos finais de semana
De óculos escuro: Gilberto Vieira dança com a sua namorada, Eurides Spina
  (*)Alan Junior de Queiroz

O Encontro Regional da Terceira Idade, mais conhecido como Baile da Terceira Idade, é um evento rotativo de produção independente, que reúne todos os domingos centenas de pessoas.

Aqui no Norte do Paraná, são 14 cidades responsáveis pela organização desses bailes. O grupo nasceu há quatro após uma separação que ocorreu entre o sul de São Paulo e norte do Paraná, o motivo: distância. Cada cidade tem um (a) presidente que fica encarregado (a) de contratar a banda, fazer a divulgação, decidir o que poderá ser vendido dentro do baile e arrumar transporte. “Os presidentes não ganham nenhum valor em dinheiro. Participamos porque gostamos”, esclarece Clair Parmezan, organizadora de bailes em Quatiguá.

Dezenas de pessoas esperam ínicio do baile na entrada do clube
Todos os anos, no mês de novembro, os presidentes se reúnem para decidir programação do ano seguinte – no período da quaresma não tem bailes -, valores do ingresso e do ônibus. Esse ano (2012) ficou definido o preço do ingresso á R$ 7,00 e ônibus R$ 5,00. Os bailes têm duração de cinco horas, sempre com inícios às 16 horas e atraem ,aproximadamente, 500 pessoas a cada edição . As bandas tocam ritmos que vão de Xote ao Bolero, incluindo Vanerão, Valsa e até Rasta pé.

Foi em um desses bailes que Gilberto Gomes Vieira, 77 anos e Eurides Spina, 79, se conheceram e começaram a namorar. “Está tudo meio escondido ainda” diz Eurides. “Só não casamos porque os filhos não deixam, tem ciúmes”. Freqüentadores de bailes há mais de vinte, ele mora em Itaí, estado de São Paulo, ela em Quatiguá - Paraná. Estão juntos há pouco mais de um ano e se encontram a cada quinze dias. “Sou muito ciumento” admite Gilberto. “Está ‘assim’ de mulheres pra tirar ele de mim!” garante Eurides. Durante o baile realizado em Santo Antônio da Platina - PR no Clube Platinense, o casal conversou, cantou e dançou. “Pedi para Deus mandar um cavalheiro pra eu dançar e veio ele” finaliza Eurides.

No salão de dança só fica parado (a) se quiser,
pessoas para dançar não faltam
Pessoas entre 18 e 25 anos estão cada vez mais presentes nesses bailes, como afirmam os próprios freqüentadores. “Os senhores e rapazes só querem dançar com as mocinhas, desprezam as senhoras”, queixa-se Cleuza Aparecida Alves, 63 anos. “Procuro os senhores só para beber cerveja a custa deles” diz Juliana de Souza Pinto, 18 anos.

Esses bailes, para pessoas acima de 60 anos, ajudam elas ter uma convivência ativa e saudável. Tem os que dançam certo, os que dançam menos certo, e os que só observam timidamente, á espera de um convite para se perder de vista no meio do salão. Realmente a vida não acaba aos 50, como afirmava um velho chavão.

(*)Alan Junior de Queiroz é estudante de Comunicação Social - Jornalismo da Faculdade do Norte Pioneiro(Fanorpi).   

sábado, 29 de dezembro de 2018

Documentário "Isso não é o FIM": tudo o que você precisa saber sobre o HIV e a Aids



O que vem na sua cabeça quando você ouve as palavras HIV ou Aids? Você sabe a diferença entre as duas coisas? As formas de contágio e prevenção? Teria coragem de ficar com uma pessoa com HIV? E se o seu (a) parceiro (a) descobrisse ser soropositivo, você conseguiria manter um relacionamento com essa pessoa? Você sabia que 250 mil brasileiros tem o vírus da AIDS e não sabem? Você pode estar infectado e não saber. Já fez o teste de HIV? Por quê não? 

Infelizmente, muitas pessoas pensam que só poderão contrair o vírus da AIDS se forem usuários de drogas, se tiverem o hábito de ter vários parceiros sexuais ou a condição de homossexual. Ao mesmo tempo, há aqueles que acreditam que poderão se contaminar por sentar na mesma cadeira de um portador do vírus ou através de um beijo. Outros acreditam que a imunodeficiência já tem cura - por causa dos antirretrovirais - e, por isso, cuidam-se menos, o que faz o número de infectados aumentar. 

Diante desse cenário, o documentário "Isso não é o Fim" busca esclarecer os reais riscos e mostrar a realidade de pessoas que apesar de infectadas continuam vivendo, trabalhando, amando, sendo amadas - e transando. Testemunhos, relatos e orientações de profissionais da saúde e entrevistas comoventes com pessoas que contam como se contaminaram, como lidam com a doença e o impacto que a imunodeficiência teve sobre suas vidas e relacionamentos. 

Documentário produzido por Alan Junior de Queiroz e Jamile Luisa Maluly sobre HIV e AIDS traz o cenário nacional e da região atendida pela 19ª Regional de Saúde do Paraná - uma das regiões maos pobres do estado. São 22 cidades que juntas somam quase 300 mil habitante. As pessoas, dessa região, que recebem o diagnóstico de soropositivo são encaminhadas pelas Unidades Básicas de Saúde de cada município ao Consórcio Intermunicipal de Saúde do Norte Pioneiro (Cisnorpi) para acompanhamento e tratamento. O HIV pode afetar qualquer um, inclusive eu, inclusive você.

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Atualização 09/01/2014
O documentário faz parte de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Jornalismo da Faculdade do Norte Pioneiro (Fanorpi). O Trabalho recebeu nota 10 pela forma de abordagem, edição, trilha sonora e, principalmente, pelo objetivo de se discutir sobre o tema.

Um assunto que antes era considerado um tabu, hoje se tornou um tema de consciência mundial, sendo encarado de frente e tratado abertamente. O documentário é uma forma de trazer à sociedade o cotidiano e as dificuldades do portador. Vale a pena conferir, pois além dos portadores, há depoimentos de profissionais da saúde que atendem milhares de pessoas e mostram que o soropositivo pode ter uma vida normal.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

"Terceira Idade - Nova perspectiva sobre a vida " - Exercícios, caminhadas e alongamento

Programa leva mais de 70 idosos á fazer exercícios de alongamentos e reforço três vezes por semana; benefícios vão além de melhorias no condicionamento fisíco
Fisioterapeuta Diego Parmezan (centro) comanda programa  de atividade física à 3ª idade
 (*)Alan Junior de Queiroz

Com o passar dos anos, as pessoas tendem a preocupar-se mais com saúde, exercícios físicos, capacidade funcional, enfim a qualidade de vida. A prova disso é a quantidade de pessoas, com mais de 60 anos, que freqüentam lugares de exercícios em grupos.

Um projeto desenvolvido pela Secretária de Saúde de Quatiguá - cidade com pouco mais de 7 mil habitantes - que estimula idosos a exercitarem três vezes por semana no Centro de Referência de Atendimento ao Idoso (CRAI), completa três anos em atividades.

Sob orientação do fisioterapeuta Diego Negrini Parmezan, cerca de 70 idosos participam dos exercícios aeróbicos, de alongamento e relaxamento todas as manhãs de segundas, quartas e sextas-feiras, das 8 horas às 9 horas. Ao som de musicas instrumentais clássicas, os idosos recebem os comandos para as atividades. “Tenho que dar atividades para fazerem e pensarem ao mesmo tempo”, justifica Parmezan.
Exercícios com bolas melhoram coordenação motora dos participantes
Alongamento do pescoço, pernas, braços são os primeiros exercício feitos, conforme avançam, o grau de exigência física aumenta. Exercício simulando pedalar de bicicleta com mãos e pés têm o objetivo de reforçar a musculatura, por exemplo. “Cada um faz o que agüenta, cansou para!” adverte o fisioterapeuta durante o exercício. Bolas são utilizadas para trabalhar a coordenação motora. Em dupla, um joga bola para o outro: começa usando as duas mãos, até chegar ao nível máximo - de olhos fechados e com uma mão. O profissional olha atentamente a todos, corrigindo os que estão fazendo errado.
O conceito sobre a qualidade de vida do idoso é algo que deveria ser um assunto muito importante para todos os cidadãos brasileiros, e um fator que deve ser colocado em primeiro na lista de prioridades nas diretrizes da Política Nacional de Saúde, levando em conta pesquisas científicas que já afirmam o crescimento dessa população para os próximos anos.
Segundo Parmezan, fazer esses exercícios em grupo tráz mais benefícios, além de melhorar o condicionamento físico. “Faz bem para a alta estima, para bem estar social, disposição, até melhorar o colesterol e glicemia.”. Ele afirma que atividades físicas têm melhorado, inclusive, a incontinência urinária, bastante comum entre os participantes.

O projeto ainda incentiva os idosos a caminhar todas as segundas e quartas - feiras, das 17h15 às 18 horas, e tem acompanhamento profissional. “Uma excelente iniciativa, que põe em prática a saúde de uma forma simples”, finaliza Parmezan.

(*)Alan Junior de Queiroz é estudante de Comunicação Social - Jornalismo da Faculdade do Norte Pioneiro(Fanorpi).  

sábado, 15 de dezembro de 2018

"Terceira Idade - Nova perspectiva sobre a vida " - ATI

Projeto público têm melhorado condicionamento fisíco dos usuários além de proporcionar o convício social; equipamentos estão sendo alvos de vândalismo, comprometendo objetivo
Cores vibrantes: são diferentes das academias tradicionais e são encontradas em todo o Brasil
 (*)Alan Junior de Queiroz

As Academias da Terceira Idade (ATIs) se tornaram comuns em praças, parques e praias. O conjunto de aparelhos feitos de tubos metálicos e geralmente pintados com cores vibrantes são certificados pelo Ministério da Saúde e dos Esportes e aprovado pelos usuários. “Toda cidade devia ter uma. É boa para as pessoas que não podem pagar uma particular” diz o aposentado Sebastião Batista, 65 anos, que vai três vezes por semana na ATI localizada no centro de Santo Antônio da Platina, usar o simulador de caminhada durante 10 minutos.

Os aparelhos disponíveis são diferentes dos oferecidos pelas academias convencionais. São projetados para alongar, fortalecer e desenvolver a musculatura, além de trabalhar a capacidade aeróbica e coordenação motora. “Pessoas da nossa faixa de idade têm muita dor no corpo”, queixa-se Batista. A única reclamação existente envolvendo essa opção acessível e gratuita de atividade física são os atos de vandalismo que vem sofrendo os aparelhos.

Aparelho quebrado por vândalos; quem paga pelo conserto é a população
Na ATI localizada na praça de Santo Antônio da Platina - Paraná, a maioria dos equipamentos apresenta algum tipo dessa inexplicável agressão - ou estão amassados ou quebrados. “A prefeitura devia ter uma pessoas responsável, só para cuidar”, sugere o aposentado Agustin Hernandes Garcia, espanhol de 66 anos que mora no Brasil desde os 14, e que freqüenta o local diariamente. “O que não se gasta com prevenção, gasta repondo as peças quebradas”. A população, em geral, vem mostrando interesse às oportunidades gratuitas para cuidar da saúde, mesmo que existam pessoas que não conseguem enxergar da mesma forma.

 INÍCIO
Surgiu em meados de 2008, à primeira Academia da Terceira Idade (ATI), desenvolvida em Maringá. O criador do projeto foi Roberto Nagahama, que na época era secretário de esportes, que se inspirou num modelo de academia ao ar livre que viu na China. A empresa responsável pela produção e distribuição aqui no Brasil é a Ziober ATI. Além de lugares públicos, já existem instalações em condomínios, clubes e outros locais privados. A novidade já ganhou até prêmios por ser a melhor iniciativa para incentivar a prática de atividade física.

(*)Alan Junior de Queiroz é estudante de Comunicação Social - Jornalismo da Faculdade do Norte Pioneiro(Fanorpi).